O que é a Terapia Cognitivo-Comportamental?
- Psicóloga Giselle Nanci Vitoriano Zanirato | CRP14/07467-2
- 7 de abr.
- 2 min de leitura
Atualizado: 8 de abr.

Aaron Beck, criador da Terapia Cognitivo-comportamental, desenvolveu sua abordagem a partir da constatação de que os seus pacientes, atendidos enquanto psicanalista, não respondiam bem ao tratamento e também ao notar padrões de pensamentos desadaptativos que influenciavam de forma negativa na manutenção dos sintomas, principalmente de depressão.
A Terapia Cognitivo-comportamental é uma abordagem que embasa a prática clínica, assim como tantas outras existentes na psicologia. Cada uma tem a sua compreensão de mundo, do ser humano e dos processos que por ele perpassam.
Dentro da TCC há a compreensão de que as interpretações que os indivíduos fazem das situações interferem na maneira que eles se sentem e se comportam no mundo.
O que perturba o ser humano não são os fatos, mas a interpretação que ele faz dos fatos. Epictetus
E claro, essa interpretação é única, pois é desenvolvida através dos pensamentos e crenças que fazem parte da história de cada indivíduo em particular. Dando esse colorido único, as interpretações fazem com que nós nos comportemos de uma maneira e não de outra.
A partir dessas nossas formas de interpretar e interagir com o mundo são formados padrões de funcionamento que geralmente repetimos sem perceber, causando e fazendo a manutenção de sofrimento.
Além dos pensamentos, a TCC também foca nas emoções e em nossos comportamentos. Desta maneira, compreendemos que a nossa cognição, emoções e comportamentos se interrelacionam e que a melhora pode vir de acordo com as intervenções feitas nesses três focos, a depender da análise do profissional com a finalidade de melhora emocional, comportamental e também dos pensamentos.
Podemos resumir algumas características da TCC:
Estruturada e diretiva: as sessões são estruturadas de acordo com as demandas trazidas tendo foco claro e objetivo orientada para a resolução do problema;
Colaborativa: psicóloga e paciente trabalham juntos para a compreensão das demandas trazidas e também na prática das intervenções pensadas;
Envolvimento ativo do paciente: o indivíduo é incentivado a participar ativamente da sua terapia, isso inclui auto-observação, fazer as atividades recomendadas pelo profissional e aplicação das habilidades desenvolvidas em terapia;
Flexibilidade e adaptação: apesar de ser uma abordagem estruturada, não significa que as particularidades não são levadas e consideração. Pelo contrário, a terapia se adapta às necessidades do paciente;
Alta como objetivo: o paciente desenvolvido durante as sessões para que consiga, aos poucos, trabalhar suas questões de forma autônoma e saudável;
Científica: possui grande arcabouço teórico validado cientificamente, além de pesquisas atualizadas para trazer o melhor tratamento para as demandas trazidas.
Psicóloga Giselle Nanci Vitoriano Zanirato | CRP14/07467-2
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