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Cura gay existe?

Atualizado: 25 de abr.

Não existe cura para o que não é doença, mas existe cura para as dores que as violências causaram


Muito se fala sobre a "cura gay", mas pouco se fala da cura que a comunidade realmente precisa.

Infelizmente nem todos os lares estão preparados para receber pessoas que fogem da heteronormatividade e não estar preparado não é um problema desde que não se estagne e cause danos por isso.


A cura gay que nós conseguimos em terapia é a cura de adultos que trazem, dentro de si, crianças feridas, crianças machucadas fisicamente, psicologicamente, sexualmente, crianças que não tiveram reconhecimento que tiveram suas características negadas, suprimidas, colocadas como motivo de vergonha. Muitas vezes foram crianças que precisaram se esconder para sobreviver.


Na psicoterapia nós encontramos essa criança ferida que precisa de colo, que precisa de escuta, e também esse adulto que hoje carrega essas memórias essas cicatrizes e que traz tantas outras questões do dia a dia que podem estar ligadas ao estresse de minoria e/ou que não estão relacionados à sua orientação sexual e identidade de gênero e ouvimos, enxergamos e damos voz.


Eu entendo então que a cura gay, falando de modo bem resumido, é resgatar essas dores e tratá-las, mas também olhar para esse adulto de agora e descobrir com ele formas de se relacionar que sejam acolhedoras, saudáveis, para que ele esteja onde as pessoas o aceitem, o amem, o admirem, para que ocupe o lugar de direito na sociedade e nas relações sabendo das suas potências.


Psicóloga Giselle Nanci Vitoriano Zanirato | CRP14/07467-2

 
 
 

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